Violeta abriu os lábios para
responder, mas desistiu. Ela sabia que Rael abominava a escravidão e aquela
descoberta sobre as violadoras era algo bem semelhante a ser escrava. Como ela
iria contornar essa situação?
― É verdade sim... ― disse ela
vagarosamente, segundos depois. Rael sentiu um gelo crescer por dentro de seu
peito. Mas esse gelo ele sentia sempre que pensava no assunto, depois de ouvir
de Alexia sobre essa maldição.
― Então é tudo mentira, você nunca
gostou de mim de verdade. Nem você, nem Emilia. As duas são forçadas a gostar
de mim. ― concluiu Rael. Violeta, que até aquele momento estava firme, passou a
apresentar uma expressão complicada. Ela nunca quis contar isso a Rael por
conhecer esse lado dele e agora não sabia como se explicar.
― Eu sei que para você parece ser
algo forçado, mas para nós é um amor verdadeiro, Rael, eu sempre penso em você.
― disse Violeta, tentando explicar sua situação.
― Porque é forçada a pensar. Você
não tem escolha, a não ser gostar de mim. Você nunca pretendia me contar, não é
mesmo?
― Sim, você está certo. ― disse
Violeta concordando com Rael: ― Nós somos forçadas a gostar de você e esse amor
é como uma praga que nos consome até a alma. Eu já vivi muitos anos, mas nunca
havia sentido algo assim antes como essa maldição me faz sentir. Eu sou uma
mulher forte e mesmo assim passo boa parte do tempo pensando somente em você,
mesmo sabendo que é por causa dessa maldição. Mas fico feliz por saber que você
é um bom rapaz, eu cuidei de você desde seus dez anos e não tenho memórias
tristes sobre isso. Nosso tempo sempre foi divertido e eu já ri inúmeras vezes.
Mesmo se não fosse pela maldição, eu ainda iria gostar de você. ― disse Violeta
cuidadosamente.
― Está mentindo. ― disse Rael logo
em seguida.
― Você acha que eu não me conheço?
― Quando cheguei até você, eu não
passava de um lixo, uma criança aleijada sem futuro algum.Você me deu tudo que
eu precisava, e por isso lhe sou grato, mas nesse tempo todo seu coração era
manipulado por essa maldição. Eu jamais desejei este destino para você, e
jamais desejaria. Eu não sei se foi pelo o que fez por mim, ou por você ser
maravilhosamente linda, talvez até por causa do seu sangue demoníaco, sei lá...
Enfim, eu me apaixonei por você, e não é uma paixão simplória quanto a que eu
sinto por Mara, é uma coisa muito mais forte que cresce em minha alma, e me faz
desejar você com todas as forças! Mas saber que você é forçada a sentir o
mesmo, me deixa triste... ― disse Rael, visivelmente emocionado.
Violeta
sentiu seu coração se aquecer com a declaração de Rael, mas ela já esperava por
algo como aquilo. Ela passou cinco anos sendo a única companhia de Rael. Ele
não teve nenhum amigo além de Natalia. Rael nunca teve nada. Violeta foi quem
cobriu todos os buracos da vida dele durante todos os cinco anos em que
passaram juntos.
― Vamos sentar e conversar com calma
sobre isso, tá bom? Eu vou dizer meus planos e você vai entender como eu sempre
consegui ser forte. ― propôs Violeta.
― Sim, temos que conversar. Mas eu
não quero me sentar, eu preciso saber como removeremos essa maldição de vocês.
Eu não quero ficar com uma mulher que é obrigada a gostar de mim por causa da
droga de uma maldição.
― O deus demônio está lacrado em
outro mundo. Para a maldição ser quebrada, ele deve ser completamente
destruído. Só assim a maldição é quebrada. ― explicou Violeta.
― Ele é muito poderoso? ― perguntou
Rael
― Imagine o meu poder total vinte
vezes maior, essa é a extensão do poder dele no momento. Mesmo com Alexia e
todos nós juntos, seria impossível pensar em enfrentá-lo agora.
― E seus planos eram esses? Você
estava me ajudando a crescer para te ajudar a ser liberta? ― perguntou Rael.
― Exatamente. Foi por isso que eu
consegui ser tão forte e não tomei você para mim, mesmo quando jovem. Seria
fácil fazer você ser meu. Como eu disse, se você não tocasse quatro mulheres
antes, você praticamente ficaria doente por mim. Não seria difícil me
aproveitar de você quando ainda treinava aqui.
― Mesmo com a maldição, você
resistiu...
― Resisti sim, e vou continuar
fazendo isso o quanto for necessário. Eu jamais desejaria estragar seu futuro.
Você é importante demais para ser tomado por meus desejos egoístas. ― disse
Violeta.
― Sua maldição, você quer dizer. ―
disse Rael. Ele ficou impressionado que Violeta estava falando a verdade e
explicando calmamente os pontos. Mesmo com a maldição, Violeta era muito mais
forte que Emilia, não havia dúvidas quanto a isso.
― Você pode pensar o que quiser, mas
eu já te disse antes: mesmo sem a maldição eu ainda iria gostar de você. Eu me
conheço e sei como eu era. Imagina só, eu ter a chance de me tornar a namorada
do Herdeiro? Não seria demais? ― Violeta até fez uma piada, mas Rael continuava
frio. Ele sabia que Violeta estava jogando.
― Rael, você não pensa em mudar
conosco por saber desse segredo agora, não é? Eu iria ficar muito triste, ainda
mais que está tão perto de podermos ficar juntos. ― disse Violeta, ficando
novamente séria.
― Eu não vou me aproveitar de você,
nem de Emilia. Eu ficarei forte e destruirei o deus demônio que fez isso com
vocês. Se depois disso você ainda pensar em ficar comigo, então ficaremos
juntos. Mas saiba que você não me deve nada, você já fez muito por mim e eu
nunca fiz nada como retribuição. ― disse Rael.
― Mas você acabou de dizer que me
ama...Como pode dizer isso? ― perguntou Violeta chocada.
― Como? Exatamente por isso. É por
eu amar você que não vou me aproveitar. Quando essa maldição for quebrada e
você for liberta desses sentimentos, pode ser que você nem olhe na minha cara.
Pode ser que tenha até mesmo nojo de mim.
― Você está exagerando, isso nunca
iria acontecer! Eu disse que me conheço e sei o suficiente pra afirmar que eu
amaria você, mesmo sem a maldição! ― disse Violeta.
― Tem certeza disso? ― perguntou
Rael.
― Nunca tive tanta certeza antes.
― Nesse caso, eu posso fazer você
dizer a verdade assim como você fez com Alexia, não? Se está mesmo falando
sério, então não se importará de ser testada. ― disse Rael e Violeta fez uma
expressão preocupada, deixando a boca levemente aberta. Ela não teve tempo de
impedir o que veio em seguida: ― Violeta, eu ordeno, me diga a verdade: Sem a
maldição, você realmente me amaria? Haveria alguma chance disso acontecer? ―
perguntou friamente Rael.
― Rael, não!!! ― Violeta fechou
forçadamente os olhos, tentando lutar contra a resposta. Não havia dor como a
escravidão, mas ela não queria responder o que estava saindo de sua boca: ― Eu
não me apaixonaria por você... ― admitiu ela, segundos depois. Aquilo deixou
Rael bem deprimido. Ele puxou uma cadeira e se sentou porque sentiu um mal
estar quase completo. A resposta de Violeta era extremamente dolorosa.
― Por que não, Violeta? Eu sou tão
ruim assim? ― perguntou Rael.
― Desculpe, eu não queria dizer
isso...Você me forçou... ― disse Violeta, com os olhos lacrimejando. Ela viu
que Rael sofreu bastante com aquela resposta.
― Está vendo o que essa maldição faz
com você? Não é justo eu pensar em me aproveitar de ti. Por tudo que você fez
por mim, você não merece isso! Eu vou te libertar e deixar você ser livre, você
não merece viver assim! ― disse Rael, que também estava muito triste. Agora ele
sabia que Emilia daria a mesma resposta, mas Emilia era a sua menor preocupação
no momento.
― Você vai sofrer se pensar assim, e
vai me fazer sofrer também. Enquanto eu carregar essa maldição eu vou te amar,
e vai me doer muito ficar sem você.
― Mas quando você for liberta, vai
ficar agradecida por eu não ter feito nada. Todas as mentiras que sentiu por mim
serão desmascaradas. Se eu fizer algo agora, quando for liberta você vai me
odiar mais ainda. Convenhamos, Violeta, eu nem preciso usar o comando pra saber
que isso aconteceria. Só me diga uma coisa: Por que eu não teria chances? ―
perguntou Rael.
Violeta
pensou cuidadosamente antes de falar. Se ela tentasse mentir, Rael usaria
novamente o comando para fazê-la ser sincera.
― Eu nunca sonhei em ser grande. O
poder que tenho, eu fui obrigada a aceitar. Meu sonho antes de me tornar
concubina do deus demônio era praticar alquimia, salvar vidas e fazer um mundo
melhor. Eu queria me casar com alguém simples, ter alguns filhos e um marido só
meu. O tipo de homem que você é não se encaixa nem um pouco nesse perfil. Sendo
o Herdeiro, você está completamente fora do alcance da pessoa que eu era antes.
Mas agora eu penso diferente, você não tem que se preocupar. ― disse ela.
Rael
ficou em silêncio ouvindo Violeta atenciosamente.
― Se você pensa assim, porque me
mandava correr atrás de mulheres, como fez em várias ocasiões? Você não sente
ciúmes por causa da maldição?
― Um pouco, mas você precisava de
experiência, e não poderia ser comigo.
― Mas, porque várias? Você
simplesmente foi aceitando tudo! Rose, Rika... Qual foi o propósito disso?
― Eu só não queria ver você sozinho.
Você tinha que ter companhia, apenas isso. ― Violeta respondeu sem jeito. Rael
não sabia se ela estava contando tudo, mas não insistiu. Ele continuava
pensando na resposta que Violeta deu a ele através do comando.
― Você tem razão, é injusto eu querer
desejar todas as mulheres bonitas para mim. Você merece coisa melhor. ― disse
Rael pensando também em Janete: ― Eu prometo que vou libertar você e Emilia. Eu
jamais irei me aproveitar de vocês duas, têm minha palavra. ― disse Rael e se
levantou.
― Rael, espera! Você não pode estar
falando sério...!
― Estou sim. Você tinha o seu sonho,
e vai tê-lo novamente porque eu vou libertar você. Se não fosse por você eu não
seria nada, então é o mínimo que posso tentar fazer.
― Mas você me ama...
― ... E eu já falei que é exatamente
por isso que vou te libertar. ― disse
Rael se levantando de vez da cadeira. Rael agora estava trêmulo e ansioso
porque para ele, pensar em ficar sem Violeta era algo bem doloroso. Violeta
estava tensa, ela fazia uma expressão angustiada também.
― Eu não sou pura. Se está pensando
dessa forma, você deve se lembrar que já passei na mão do deus demônio e de um
outro cara antes de você. Há muitos e muitos anos que não sou mais pura. você
não precisa se preocupar com esse detalhe. ― disse Violeta.
― Você só passou na mão de pessoas
que pensaram em seu corpo antes dos seus sentimentos. Eu penso em seu coração,
em como você iria querer se fosse livre de mim.
― Isso vai demorar muito, você está
longe de poder nos ajudar a ser libertas. O deus demônio está em um mundo que,
mesmo com o poder atual de Neide, sua sogra, naquele mundo seria mais fraco do
que um de uma criança. Você não tem ideia do quanto isso está longe de
acontecer. ― explicou Violeta.
― Meu poder aumenta rápido e eu vou
conseguir mais aliados. Não esqueça que ainda existe outra violadora nesse
mundo, eu a acharei e irei proteger ela de qualquer outro que possa encontrar e
se aproveitar. ― disse Rael rapidamente.
Violeta
estava ficando cada vez mais sem saídas. Rael parecia mesmo decidido sobre o
que pensava.
Baaaaaah!
A porta foi aberta e Emilia entrou
com o rosto vermelho. Ela estava furiosa. Usando o Campo de Visão, Emilia teve
acesso a toda essa conversa.
― Já chega desse papo amoroso! Você
nos libertou? Quer nos ajudar? Então, cuide de nós como se deve! Eu tô cansada
de esperar! Eu quero foder com você com toda a vontade! Será que isso é pedir
muito?! ― perguntou Emilia, deixando Rael espantado. Isso até silenciou
Violeta.
― Violeta não explicou que essa
maldição consome nossa mente e nossos desejos? Ela não explicou que nós nos
tocamos enquanto pensamos em você? Agora você quer dar uma de bonzinho para nos
salvar, nos evitando? Você não está salvando porcaria nenhuma! Você está nos
fazendo sofrer pra cacete! Eu fui a segunda a ser despertada e por isso não
queria me meter na conversinha de vocês, mas já estou farta disso! ― disse ela,
se virando para o corredor: ― Rose, venha aqui agora! ― Rael ainda estava
chocado com as novas informações, e Violeta estava tentando pensar numa forma
de minimizar a situação. Na realidade, Emilia tinha dito toda a verdade do real
estado das duas.
Rose
chegou ao lado de Emilia. Rose não tinha um ar preocupado, para ela estava tudo
numa boa e não estava rolando nada demais.
― Vocês dois agora tem permissão,
não? Então, vão para a merda de um quarto e façam logo a droga do sexo, porque
isso completará a quarta pessoa. Depois, você poderá fazer comigo e com
Violeta. Se você realmente quer nos ajudar, a maneira correta é essa! ― disse
Emilia e deu um leve empurrão em Rose. Rose não estava com nenhuma expressão,
mas quando entendeu onde tudo ia dar no final, os olhos da garota brilharam
enquanto olhava Rael.
― Emilia, não é assim que vamos nos
acertar. ― disse Violeta, antes que Rael pudesse dizer qualquer coisa.
― Como não? Ponha na cabeça dele que
nós não somos santas, e nem queremos ser. Se nós chegarmos mesmo a ser
libertadas, então depois, só depois, iremos pensar no dia de hoje. Mas já
adianto que não ficarei com raiva e não culparei você por nada, e se você
quiser usar o comando pra saber se estou mentindo, vá em frente! ― disse Emilia
séria.
Emilia
tinha uma maneira preguiçosa e ela procurava não se envolver no lance de Rael e
Violeta, mas aquilo envolveu ela de certo modo e ela não podia deixa passar.
Ela estava presa a Rael pela maldição e, diferente de Violeta, ela não era tão
forte nem conservadora, ela não iria aceitar ser deixada de lado como Rael
estava tentando fazer.
― Emilia, isso é um absurdo. Eu não
conheço você a tanto tempo assim, mas sei que você está obcecada por causa
dessa maldição. Está tão obcecada que mal está pensando direito. ― disse Rael.
― Não estou pensando direito? Como
não? Você diz isso porque não está na nossa pele. Queria ver você conseguir
ficar sem fazer sexo com ninguém daqui pra frente. Diferente de você que pode
ter outras opções, nós não temos e nossos corpos não sentem nenhum desejo por
qualquer outro homem. Por causa da maldição só podemos ter desejo por você,
qualquer outro homem nos faz ter nojo e nossos instintos não respondem. ― disse
Emilia.
―Emilia, já chega! Você não está
ajudando. Rael não vai entender o que você está tentando dizer. Vamos apenas
parar por enquanto e pensar com calma, tenho certeza que quando esfriarmos os
ânimos iremos encontrar uma solução para isso. ― disse Violeta.
― Solução? Eu só conheço uma, que é
Rael se deitar com Rose e completar a quarta. Depois ele se deita conosco e
alivia nossas tensões. Só assim vou me sentir resolvida. E não venha me dizer
que você não quer isso, porque sei que você também quer, Violeta! ― disse
Emilia, se segurando para não gritar.
― Nossa vida não se resume somente
na maldição. Se deixarmos ela nos dominar, no fim, estaremos deixando aquele
monstro vencer. Eu quero isso tanto quanto você, mas não quero forçar o Rael a
se sentir obrigado a nos saciar. Se ele quer manter o controle, nos manteremos,
mesmos que soframos com isso. ― disse Violeta impressionando Rael. Emilia, por
outro lado, ficou ainda mais furiosa porque ela sabia muito bem que Violeta
estava no mesmo estado que ela.
― Isso tudo foi culpa daquele dragão
maldito! Se ela nunca tivesse dito, Rael iria ficar com a gente sem essa
frescura. Eu odeio aquele dragão! ― disse Emilia.
― Ela está com a gente agora, e
vocês não vão machucá-la.
― Ninguém aqui está dizendo isso,
Rael, não se preocupe. ― disse Violeta rapidamente, mesmo sabendo que Emilia
estava certa.
― Quer saber? Deixa pra lá, nada que
eu diga fará qualquer efeito mesmo, não é? O Único jeito é eu agir por conta
própria! ― disse Emilia ficando séria. Quando Violeta percebeu, uma imensa
barreira de energia transparente foi criado em volta de Rael. Isso empurrou
Violeta para trás, junto com alguns móveis, como mesas e cadeiras. Emilia
saltou, facilmente entrando dentro de sua própria barreira, ficando junto com
Rael que nem teve tempo de reagir.
― Emilia, o que você está fazendo?!
Você não ousaria fazer tal coisa! Emilia!!! ― Violeta gritou voltando e socou
contra a barreira, criando ondas transparentes pelo ar.
Rose
ficou parada apenas assistindo o que estava prestes a acontecer, mas pela
reação de Violeta, aquilo não parecia ser nada bom.
― Não adianta, Violeta. Eu já estou
nesse lugar há muito tempo e sempre fortaleço meu poder. Eu sou mais forte a
medida que me mantenho em um só lugar e você sabe disso. Mesmo que use todo seu
poder, não será capaz de quebrar essa barreira.
― Rael, ordene ela a te soltar! ―
disse Violeta ainda socando violentamente a barreira. Rael tentou falar mas as
palavras não saiam, era como se dentro daquela barreira ele não pudesse falar.
― É inútil. Esse campo é controlado
ao meu bel prazer, e você não vai poder fugir de mim. Mas eu quero um pouco de
privacidade. Sinto muito, Violeta, mas nem você e nem Rose irão ver nossa
diversão. ― disse Emilia sorrindo e uma energia prateada foi cercando a
barreira e fechando a visão das duas.
― Emilia, não!!! Se você fizer com
ele agora vai estragar tudo no que eu tanto trabalhei! Emilia, pare
imediatamente! ― por mais que Violeta gritasse, Emilia não ouviria. Tomada pelo
desejo insano de ter Rael, ela não estava nem pensando direito.
Violeta
desistiu de lutar sabendo que Emilia tinha razão, ela realmente não conseguiria
quebrar aquela barreira. E quando Rael sentisse o corpo de uma violadora, ele
com certeza não iria conseguir manter mais o foco de sua vida.