Capítulo em áudio --> https://www.youtube.com/watch?v=q6bmIoUFY84
Trovões rugiam cruzando os céus numa imensa velocidade.
Naquele momento, Rika não segurou seu poder para ir de encontro com Rose, que
passava por uma situação de vida ou morte. Podendo sentir a brusca diminuição
da essência de sua filha, a celestial sabia que Rose estava morrendo e, como
mãe, ela destruiria a própria vitalidade se fosse necessário para salvar a
filha. Para ter aquele poder de movimentação, por exemplo, ela estava consumindo
sua própria vitalidade loucamente sem pensar em consequências.
― ‘Se eu já tivesse em 100%... Que droga!’ ― Rika pensou em
seu desespero. Os últimos degraus da transformação eram os mais demorados.
Atualmente a celestial estava em 98% de seu poder.
Rael tinha terminado de matar o último oponente quando se
virou após o grito de Rika, e a viu subir com aquela velocidade de voo absurda.
― ‘Só existe uma pessoa por quem Rika agiria assim, a única
pessoa importante para ela, Rose!’ ― O pensamento de Rael foi tão rápido quanto
os trovões em que Rika se transformou. Rael abriu um portal roxo e, sem nem
pensar, avançou para dentro do mesmo. Ralf saltou mergulhando e sumindo ao
tocar Rael, voltando para o corpo do mesmo enquanto cruzava o portal.
Rael surgiu perto da rocha ilusória da entrada do
esconderijo e se deparou com a cena daquele homem cruel com sua mão rasgando as
costas de sua delicada Rose, enquanto a moça gritava sem ter forças para
escapar. Esses dois estavam a cerca de dez metros de Rael. Arthur provavelmente
estava tentando destroçar o coração daquela jovem celestial, mas estava com
dificuldades porque o corpo de Rose não era igual ao de um humano comum. O
coração de Rose e seus pontos vitais eram protegidos por uma poderosa energia,
mesmo que ela fosse fraca, não seria tão simples tirar sua vida. Ainda assim,
Arthur era um reino final, e como tal, não era alguém fraco. Ele estava quase
fechando a mão no coração da moça para terminar o trabalho o esmagando de uma
vez.
― VOCÊ OUSA...! ― Rael gritou em fúria e seus olhos se
encheram de intenção de matá-lo assim que ele entendeu a cena. Ver Rose em
perigo deixou Rael completamente furioso. Ele nem pensou sobre ser Arthur o
executor. Como um borrão, que prosseguiu em menos de um simples pensamento, Rael
já estava ao lado de Arthur com o braço direito tomado em poderosas chamas que
varriam o ar ao redor. A temperatura geral do ambiente tinha até mesmo
aumentado.
Arthur nem teve tempo de reagir quando sua cabeça explodiu
com um poderoso soco de Rael. Tudo que ele ouviu foi um grito e, quando se
virou para olhar, já estava recebendo o golpe. Naquele momento de fúria sem
igual, o poder de Rael superou em muito poder de um reino final.
BOOOOOOOM!
Não restou nada além de uma poeira negra, que subiu
desaparecendo no ar, do corpo inteiro de Arthur. Rael, no instante seguinte, já
cancelou as energias do corpo para não ferir Rose indiretamente e desfez sua
armadura.
― Rael! ― A jovem celestial, tão pura quanto a lua, avançou
tremendo e chorando, caindo nos braços de Rael. Ela o abraçou mesmo com o seu
corpo fragilizado. O ferimento em suas costas jorrava bastante sangue, deixando
esvair quase completamente a sua vida. Mas tudo que ela pensou foi em Rael ou
em sua mãe no momento em que estava morrendo, essas eram as pessoas que ela
mais amava e, se fosse para morrer, que fosse ao lado de um deles.
Rael não demorou a conjurar o seu poder curativo. Uma
intensa e harmoniosa aura esverdeada cercou e envolveu completamente o corpo de
Rose. Os poderes curativos de Rael estavam em um nível tão avançando que mesmo
sem usar os símbolos o seu poder era monstruoso.
O buraco nas costas da jovem se fechou rapidamente como se
não restasse mais nada, mesmo assim ela não soltou Rael. Ela continuou abraçada
com esse jovem enquanto seu frágil corpo ainda estremecia.
Rael nunca pensou que seria tão assustador presenciar essa
jovem celestial quase perdendo a vida. Rose era quietinha, não incomodava
ninguém e nunca o perturbava pedindo um tempo para ficarem juntos. Ela poderia
reclamar e dizer que estava com saudades quando o visse, mas jamais o cobraria
por atenção. Rose jamais o aborrecera brigando por causa de suas outras
mulheres. Essa era maneira dela, uma jovem gentil e fácil de se fazer amizade,
que não tinha qualquer frescura. Uma jovem pura, bela e que amava doces.
Rael sorriu e apertou a jovem de volta, agora sem medo. Rose
não precisava dizer que amava Rael, nem ele precisava dizer isso para ela. Eles
dois se entendiam tão bem que quase poderiam se comunicar através de olhares ou
ações. Rael sentiu um imenso alívio em todo o seu ser por ter chegado a tempo
de salvá-la da morte certa.
― Você não deveria ter saído, Rose... Está muito perigoso
aqui fora... ― disse Rael, passando a mão nas costas dela e cheirando seus
belos cabelos azuis. Não havia mais cheiro de sangue nem marcas nas roupas. O
poder de Rael purificou as manchas de sangue e também concertou o vestido
rasgado da jovem pela mão de Arthur. Tudo estava em um mais perfeito estado,
como se ela nunca tivesse sido atacada.
― Eu estava preocupada... Não sabia onde mamãe estava, nem
você... desculpe... ― a jovem agora curada não sentia mais dores, nem o
mal-estar devido a perda de sangue. Sua recuperação foi imediata e ela até
mesmo sorria para Rael. Mas seu corpo ainda tremia pelo medo de quase ter
morrido. Ela sentiu praticamente o que a mãe sentira quando estava se
sacrificando por todos naquele dia contra os devoradores. O sentimento de quase
morrer e ficar longe da mãe, de Rael e dos outros amigos deixou Rose em um
estado de pânico sem precedentes.
― Estamos seguros agora, relaxe... ― disse Rael, beijando os
cabelos da jovem com carinho. Rose continuou se tremendo abraçada a Rael com
medo de soltá-lo.
Nesse momento, furiosos trovões rugiram e raios cruzaram os
céus do horizonte e desceram pousando próximos a eles. Rika surgiu com uma face
pálida e veias espalhadas por todo o seu belo corpo. Rika respirava com
dificuldade enquanto olhava aliviada para Rael e sua filha.
― Mãe? ― Rose só soltou Rael quando se virou para certificar
que realmente era sua mãe que estava sentindo. As duas trocaram rapidamente um
lampejo de olhar e a mãe já se tornou um borrão avançando-a em um abraço.
― Minha filha! ― A celestial correu e se abraçou fortemente
Rose enquanto chorava. Rael deu um passo de lado deixando as duas a vontade.
Ele, melhor do que ninguém, conhecia aquele sentimento de perda, e apenas a dor
de pensar em perder Rose também o deixou fortemente desconcertado.
Por um segundo, nenhuma disse nada uma para a outra. As
celestiais ficaram abraçadas fortemente e se tremiam enquanto lágrimas surgiam
nos olhos das duas. A mãe, por sentir que iria perder sua filha segundos antes
e a filha, por imaginar que nunca mais poderia ver sua mãe. Essa dor não era
algo fácil de ser explicada, por isso as lágrimas corriam de seus olhos. Elas
só tinham uma a outra como família e o fato de quase perder esse vínculo as
deixaram completamente sem chão. Elas podiam ter Rael e também as violadoras,
mas não era a mesma coisa. Rose e Rika estavam juntas a um pouco mais de uma
centena de anos, as duas não podiam ser tão facilmente separadas.
― Filha, eu disse para você não sair. Por que você não ouviu
a mamãe? ― perguntou Rika, passando carinhosamente a mão no rosto da filha após
se separarem um pouquinho, um espaço suficiente para Rose olhá-la nos olhos. Os
olhos de Rika eram de pura ternura com sua filha, não havia como alguém não
perceber o quanto Rika a amava.
― Desculpa, mãe... Eu estava preocupada com você e Rael... ―
repetiu a jovem novamente, em um tom comovente.
― Quem foi que te atacou? Quem ousou tocar e machucar você?
― Foi um homem, eu não sei quem foi... Rael o matou e me
curou ― disse a jovem no mesmo tom. Os olhos de Rika caíram em Rael novamente.
Havia um olhar brilhante nos olhos da sedutora celestial. Ela tinha entendido
tudo e só perguntou para confirmar. Rika sentiu sua filha morrendo e segundos
depois, a sensação desapareceu quando sua filha repentinamente melhorou. Na
hora que sentiu Rose em perigo, a celestial saiu tão desesperada para salvá-la,
que nem ao menos se lembrou dos poderes de Rael de criar portais e chegar
instantaneamente em qualquer lugar. Se Rael não tivesse percebido e não tivesse
vindo antes dela, agora, com certeza, Rose teria sucumbido nas garras de
Arthur. Rika também percebeu essa onda de pensamentos e mais uma vez se
maravilhou com o gesto Rael. Seu coração esquentou mais ainda quando se lembrou
de tudo que Rael fez e continuava fazendo por elas duas.
Rika sabia o quanto Rael deixava sua filha feliz, o quão bem
ele a tratava e o quanto o mesmo gostava dela. Nada era forçado entre os dois,
a celestial lia a mente um do outro e saberia se algo fosse forçado entre eles.
Ela também sentiu que Rael sofreu por quase perder sua filha. Essa onda de
pensamentos e sentimentos só a fez gostar ainda mais do jovem a frente. Ela
sentiu que valorizava Rael muito pouco pelo que ele verdadeiramente merecia.
No começo, ela havia escolhido Rael por não ter escolha
melhor. Mas esse jovem já tinha provado seu valor mais vezes do que precisava
provar. Salvou sua filha, mesmo sem as conhecer, a salvou e ainda mostrava
todos os esses sentimentos reais que fluíam livremente em sua mente.
Como mãe, e também como mulher, Rika estava muito feliz por
ter escolhido Rael, muito mais do que ela havia ficado antes, quando foi salva
pelo jovem. Quando ela pensou que no início queria forçar Rael a ajudá-la a
salvar sua espécie, ela sentiu que tinha o ofendido devido a tudo o que ele fez
e faz por elas.
Rika continuava a deixar lágrimas rolarem de seus perfeitos
olhos azuis, que pareciam o mais belo dos oceanos. Ela soltou sua filha
completamente e se aproximou de Rael:
― Esta é a segunda vez que você salva a minha filha. Eu
jamais conseguirei lhe agradecer o suficiente. Obrigada, Rael, muito obrigada!
Você nunca me decepciona e vejo que nunca me decepcionará! ― Rika abraçou o
jovem a frente e seu corpo tremia de emoção e, também, de fraqueza. Ela hoje
havia consumido uma quantidade exorbitante de energia vital para destruir Nero,
e consumiu ainda mais nesse voo para salvar sua única filha.
Como Rika era um ser celestial, sua vitalidade se
recuperaria com passar dos dias, mas ela precisaria descansar bem. Nesse
momento, no entanto, ela estava frágil e fraca. Se ela tivesse chegado nesse
estado e encontrado Arthur atacando Rose, não se teria certeza dela sair
vitoriosa do combate, talvez ela só tivesse vindo para morrer também por não
suportar viver sem ela. Rael, involuntariamente, acabou salvando as duas,
literalmente.
― Você e Rose são minhas mulheres. É natural que eu cuide
bem de vocês duas ― disse Rael, abraçando-a de volta com carinho.
― A forma que eu saí... Eu não me lembrei de você... Eu... ―
Rika tentou se explicar, em como ela abandonou Rael para ir atrás de sua filha.
― Rika, eu sei o quanto Rose é importante, eu também faria o
mesmo ― disse Rael sem hesitar, fazendo a bela celestial se emocionar ainda
mais. Aquelas palavras tocaram fundo na alma de Rika: ― Eu faria o mesmo por
você também. Vocês duas são importantes para mim, as duas ― repetiu Rael em
seguida, fazendo o coração de Rika disparar.
― Desculpe por ter feito você beber o elixir hoje cedo, foi
um tremendo erro ― disse Rika sem jeito, ao se lembrar da consequência daquele
fato, enquanto se soltava do rapaz.
― Tudo bem, Rika, desde que você não repita aquilo
novamente. Eu não preciso de nenhum elixir para passar um tempo com você ―
disse Rael, com um sorriso um tanto tímido. Nesse momento, Rose se aproximou e
abraçou os dois sorrindo, fazendo-os se unirem novamente em um novo abraço. Foi
um gesto rápido e eles logo se soltaram.
― O que vai fazer agora, Rael? ― perguntou Rika.
― Eu tenho que verificar os outros lugares. Se fomos
atacados no acampamento e Rose foi atacada aqui, os outros lugares podem estar
sofrendo da mesma maneira, ou pior. ― disse Rael.
― Eu iria com você, mas preciso descansar. Também seria
melhor alguém ficar de vigia no esconderijo, para coisas como essa não se
repetirem ― disse Rika puxando sua filha pelo ombro para perto dela, Rose ficou
aninhada na lateral de sua da mãe, olhando Rael um pouco deprimida, sabendo que
o jovem já estava de partida. Rael concordou, se preparando para partir para
outro lugar.
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No clã Torres, o caos explodia cada vez mais. Romeo, os elders mortos e os
outros cultivadores mais fracos tinham surgido e estavam a atacar todos
deliberadamente, lançando poderosos ataques para todas as direções. Rayger,
Neide e vários outros cultivadores estavam lutando para contê-los.
BOOOOOOOOM! ZUUUUP! BOOOOOOOOOOM! AAAAAAAH! BOOOM!
Gritos, explosões e lampejos de velocidades poderiam ser
ouvidos por várias partes do território.
― Irmão, você e sua esposa me decepcionaram! Me traíram e
planejaram contra mim, junto ao rebelde do meu próprio filho! ― gritou Romeo em
fúria, depois de trocar poderosos golpes contra Rayger. Nesse momento Romeo,
estava no terceiro nível, o mesmo no momento de sua morte.
Rayger e Neide entendiam por cima porque Romeo e os mortos
haviam voltado, mas naquele momento procuravam não pensar nisso. Eles só podiam
lutar e tentar se proteger enquanto não descobriam algo que poderia ser feito
contra o fato dos mortos estarem voltando para matar mais ainda.
― Ele não se rebelou, meu irmão! Ele estava cumprindo sua
vingança contra um pai assassino! Você não tem direito algum de nos acusar por
um crime que você mesmo cometeu! ― Rayger rugiu de volta, enviando socos em
Romeo, que o faziam recuar no ar.
― AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Gritos após gritos podiam ser ouvidos dos homens que Neide
matava com sua espada gigante enquanto voava de um lado a outro, limpando o clã
dos invasores enquanto o marido segurava o oponente principal.
Rayger e Romeo continuavam a travar uma batalha quase
acirrada, mesmo que Rayger tinha um pouco mais de vantagem. Lutas e mais lutas
estavam ocorrendo. Pessoas fugiam do clã desesperadas ou se escondiam na
floresta, isso porque na capital também estava acontecendo coisas parecidas.
Pessoas com corpo de aura de morte tinham surgido e estavam atacado a capital
sem pestanejar. Isso estava acontecendo em muitas cidades.
Na agora residência Torres, Anita e Alana ouvindo os sons e
se levantaram do sofá aflitas.
― Nosso pai real! ― Alana no mesmo instante se dirigiu para
a porta e Anita a seguiu atrás. Mara se levantou já preparando para impedir as
duas quando, repentinamente, uma dor alucinante afetou suas costelas, no local
onde Heitor havia ferido. Mara se contorceu e caiu de volta no sofá, sentindo
como se sua carne, costelas e ossos estivessem sendo triturados. Ela começou a
gemer baixinho de dor, mas não pôde ser ouvido pelas irmãs, que já estavam na
porta.
BOOOOM! AAAAAAAAH! BOOOOM! AAAAAAAAAH!
Os sons de fora explodiam por toda a parte e a casa só não
balançava e não era destruída por conta da barreira preparada por Rael mas,
muitos estrondos chegavam a ser ouvidos do lado da casa. Certamente tinha
cultivadores caindo por cima ou na parede lateral da casa.
As irmãs abriram a porta e deram de cara com um cenário
quase apocalíptico. Casas em chamas, pessoas voando de um lugar a outro. Outras
eram arremessadas gritando de dor ou, até mesmo, mortas. Rajadas de energias
cruzavam os céus, poderes e técnicas. Parecia que o mundo estava mesmo se
acabando.
― SOCOOOOOORRO!
Gritos e pedidos de socorros espalhavam-se por todo o lugar. Anita e Alana ficaram espantadas ao verem tal cena. Isso era completamente inacreditável. Era a essência do puro caos.
― Nosso pai real! ― Alana saiu correndo para fora sem pensar
nas consequências, ela imaginou o pai cercado por inimigos e sendo morto
miseravelmente.
― Alana, não! ― Anita correu atrás, avançando junto a irmã,
e as duas saíram no meio do caos.
No quarto, Natalia acordou no momento em que as duas saíram.
Ela olhou em volta um pouco perdida e de repente se lembrou de Heitor. Seu
corpo tremeu e seu coração disparou enquanto ela olhava em volta, completamente
assustada. A última lembrança dela era de Heitor a cercando e estando prestes a
atacá-la.
BOOOOM! AAAAAAAAAH! BOOOOM! SOCORROOOOO! BOOOOM!
Ouvindo os sons, Natalia foi desperta para a realidade e
ignorou o próprio medo. Ela pulou da cama e desceu as escadas, encontrando sua
prima Mara naquele estado.
― Mara! ― Natalia correu como um borrão tentando ajudar a
própria prima. A mesma estava pálida e suando enquanto se contorcia segurando
com as mãos o local que ardia sem parar. Natalia podia ver sangue escorrendo do
local. Mara não quis aborrecer seus pais porque eles estavam ocupados cuidando
de assuntos importantes e pensou que pudesse aguentar até a chegada de Rael. Na
realidade, ela sentia que Heitor não mentia, sentindo que ninguém realmente
poderia curá-la, exceto o seu marido.
― As princesas... Saíram... O bebê... ― Mara disse baixinho,
ainda se contorcendo olhando a porta aberta. Natalia olhou e entendeu o que
havia ocorrido, mesmo com poucas palavras.
― Ativar: Rael! Rael, eu preciso de ajuda. Mara está ferida
e passando muito mal! Estamos em casa, venha quando puder.